Resenha | A estepe, de Anton Tchékhov

A trama de A estepe, se é que se pode chamar assim, é muito simples: o comerciante Kuzmitchóv e o padre Khristofor viajam numa charrete velha pela estepe russa para vender lã. Com eles, estão o cocheiro Deniska e o sobrinho de Kuzmitchóv, Iegóruchka. Ele é um garoto de nove anos que está sendo levado, contra a sua vontade, para estudar em outra cidade. Com essa história mínima, Anton Tchékhov produziu uma obra muito bonita e delicada.

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Resenha | A máquina do tempo, de H. G. Wells

Publicado em 1895, A máquina do tempo foi um livro pioneiro em muitos aspectos. Ele foi o primeiro romance de H. G. Wells e popularizou a ideia de viagem no tempo. Além disso, a obra foi o pontapé inicial de uma sequência impressionante de livros que se tornariam clássicos escritos pelo autor inglês: depois de A máquina do tempo, vieram A ilha do dr. Moreau (1896), O homem invisível (1897) e A guerra dos mundos (1898).

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Resenha | A outra volta do parafuso, de Henry James

A outra volta do parafuso é uma das obras mais ambíguas e intrigantes que eu já li, e isso se deve aos inúmeros recursos narrativos utilizados por Henry James (1843-1916). O autor mexe a todo momento com as impressões do leitor, que precisa tirar suas próprias conclusões sobre os acontecimentos que acabou de ler.

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Resenha | William Wilson, de Edgar Allan Poe

WILLIAM WILSON (presente em Histórias extraordinárias)
Autor: Edgar Allan Poe
Tradução: José Paulo Paes
Editora: Companhia de Bolso
Páginas: 20 (conto) e 272 (livro)
Onde comprar: Amazon

O tema do “duplo” é muito frequente na literatura, existindo até um termo alemão para designá-lo: doppelgänger. Várias narrativas já foram escritas sobre personagens que encontram pessoas idênticas a si mesmos, e uma das mais populares é o conto William Wilson, de Edgar Allan Poe.

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