Resenha | A alma perdida: muito além do Oeste, de Dulcelino Neto

A ALMA PERDIDA: MUITO ALÉM DO OESTE
Autor: Dulcelino Neto
Páginas: 49
Onde comprar: Amazon

No conto A alma perdida: muito além do Oeste, Dulcelino Neto utiliza elementos de diferentes gêneros literários com um resultado surpreendente. Fazendo uma comparação com séries de sucesso, daria para dizer que a história é uma mistura de Deadwood, Lost e Supernatural.

O protagonista da trama é um homem misterioso, que na maior parte da narrativa será chamado apenas de “o forasteiro”. A história começa com ele acordando sozinho no meio do deserto, sem se lembrar de quem é e nem de como foi parar ali.

De maneira surreal, o próprio deserto fornece a ele roupas, armas (inclusive uma espada samurai) e mostra o caminho que ele deve seguir. Esse caminho leva a uma vila aparentemente deserta, com caixões espalhados pelas ruas e onde coisas inexplicáveis acontecem.

O forasteiro descobre que o lugar tem uma lógica própria e não é tão desabitado quanto parece. Com o passar do tempo, ele recupera a memória e lembra que tem uma missão a cumprir ali.

O escritor e desenhista Dulcelino Neto.

Mesmo sendo uma narrativa curta, A alma perdida: muito além do Oeste tem inúmeras reviravoltas. É difícil definir o conto de Dulcelino Neto, que apresenta algumas convenções do Western combinadas com fortes doses de Terror e Aventura.

Há espaço ainda para questões temporais e religiosas (o Salmo 91 é muito importante na trama). Com trechos que beiram o Surrealismo, a trama pode ser confusa em alguns momentos, mas a proposta é muito original.

Eu gostei de A alma perdida: muito além do Oeste, mas preciso fazer uma ressalva: o texto tem muitos erros de revisão… Eles incomodam bastante e impedem que o conto tenha uma avaliação melhor.

O leitor que passar por cima desses erros vai encontrar uma aventura criativa e com um clímax empolgante. O desfecho dá a entender que o forasteiro tem outras missões a cumprir, e eu fico na torcida pra que Dulcelino Neto escreva novas histórias sobre ele.

AVALIAÇÃO

3-estrelas-2

 Fotos: Lucas Furlan, exceto o retrato do autor (extraído da internet).

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