Antes de chegar ao fim, o impiedoso ano de 2016 levou mais um grande ícone da cultura pop: a atriz Carrie Fisher, intérprete da Princesa Leia Organa nos filmes da saga Star Wars. Fisher tinha 60 anos e morreu na terça-feira, 27 de dezembro, depois de sofrer um ataque cardíaco no último dia 23.
Embora o grande herói dos filmes seja o Jedi Luke Skywalker, e o personagem mais popular seja o vilão Darth Vader, a Princesa Leia é fundamental na guerra dos Rebeldes contra o Império Galáctico. Aliás, ela é a personagem mais rebelde e mais durona criada por George Lucas e nesta postagem você vai saber porquê.
Atenção: esta postagem contem spoilers sobre toda a saga Star Wars, inclusive sobre Rogue One.
1 – Ela sempre esteve na linha de combate
Logo na primeira cena do primeiro filme de Star Wars (Episódio 4: Uma nova esperança, de 1977), Leia já aparece sendo perseguida e presa por ninguém menos que Darth Vader. O vilão acusa a princesa de traição e de estar de posse dos planos da “Estrela da Morte”, que possibilitariam que os rebeldes destruíssem a arma mais poderosa do Império. Vader estava corretíssimo: os planos tinham sido entregues à princesa depois de terem sido roubados pela equipe Rogue One. Quando é presa, porém, Leia já tinha enviado o material para o lendário Jedi Obi-Wan Kenobi, através do robô R2-D2.
Pois é: enquanto Luke Skywalker ainda era um humilde fazendeiro e Han Solo não passava de um mercenário contrabandista, Leia já conspirava para tirar do poder os ditadores que governavam a galáxia. No Episódio 7: O despertar da Força, que se passa mais de 30 anos após a queda do Império, enquanto Luke está desaparecido e Solo voltou a ser um “caminhoneiro espacial”, Leia segue na luta e lidera a “Resistência”, um novo grupo rebelde que enfrenta os vilões da “Primeira Ordem”. Ela, porém, não atende mais por Princesa Leia, mas sim por General Organa.
2 – Ela conquista o galã da saga
Antes de encontrar a Princesa Leia, Han Solo (vivido por Harrison Ford) era um trambiqueiro que, frequentemente, precisava apelar para a lábia para se safar de situações difíceis. Depois de conhecê-la… bem, ele continua do mesmo jeito, mas fica caído por ela (assim como ela fica encantada com ele). O problema é que os dois têm personalidades fortes e não querem dar o braço a torcer em relação ao que sentem. O romance entre Leia e Solo gerou momentos muito divertidos e deu origem a um dos pares mais bacanas de Hollywood. A química entre o casal extrapolou a tela do cinema e eles chegaram a ter um caso durante cerca de três meses.
3 – Ela virou um símbolo sexual, ao mesmo tempo em que se tornou um ícone feminista
Mesmo sendo da realeza, Leia nunca foi uma princesa indefesa. Ela é capaz de pegar em armas, planejar estratégias e liderar ataques, sempre com muita coragem, inteligência e confiança. Mesmo sendo baixa (Fisher media 1 metro e 55) e jovem (a atriz tinha 19 anos quando o primeiro filme foi lançado), a princesa é uma ameaça constante para Darth Vader, Tarkin, stormtroopers e outras figuras (todas masculinas) do Império Galáctico. Um grande exemplo para garotas de diversas gerações.
Desde o primeiro filme, Leia passou a ser vista como símbolo sexual e essa condição se acentuou com o lançamento do Episódio 6: O retorno de Jedi. É nesse filme que ela é obrigada a usar o famoso biquíni dourado, depois de ser capturada pelo nojento Jabba the Hutt. Para escapar, ela poderia usar o truque clichê de tentar seduzí-lo, mas, ao invés disso, ela o enforca com a própria corrente com a qual estava presa. Yeah!
4 – A guerra cobrou seu preço, mas ela nunca voltou atrás
Lutar contra o Império e “o Lado Negro da Força” custou caro para Leia. Seus pais adotivos, familiares e amigos morreram quando Alderaan, o planeta onde ela cresceu, foi destruído numa demonstração do poder da “Estrela da Morte”. No Episódio 7 ficamos sabendo que Luke Skywalker, seu irmão, entrou em crise e se exilou por motivos ainda não explicados. O mesmo filme apresenta Ben, o filho dela com Han Solo, que passou para “o Lado Negro” e passou a se chamar Kylo Ren. Esse fato abalou a união dela com seu grande amor e eles acabaram se separando. Pra completar, Solo foi assassinado pelo próprio filho, enquanto tentava trazê-lo de volta para o lado do bem.
Se não bastasse tudo isso, a mãe de Leia, Padmé Amidala, morreu no parto, depois de descobrir que o pai de seus filhos, Anakin Skywalker (o futuro Darth Vader), tinha passado para o “Lado Negro da Força”.
Apesar de todas essas tragédias, a princesa se manteve firme e transformou a luta contra o mal em seu objetivo de vida.
5 – Supostamente Leia pode usar a Força, mas não está nem aí
Sendo filha de Darth Vader, irmã de Luke Skywalker e mãe de Kylo Ren, pode-se deduzir que Leia seria capaz de usar a Força, mas essa situação não aconteceu em nenhum filme. O produtor, diretor e roteirista J. J. Abrahams, o homem por trás da nova trilogia, explicou que a princesa teria essa habilidade, mas ela preferiu não desenvolvê-la. Sabendo que seu pai e seu filho foram seduzidos pelo poder do “Lado Negro”, é até fácil entender o porquê. Tudo bem que ela prefere usar sua inteligência como arma, mas que seria bem legal ver Leia movendo objetos sem usar as mãos, manipulando mentes e lutando com sabres de luz, ah, isso seria. (ATUALIZAÇÃO: em Os últimos Jedi – que foi lançado depois da postagem deste texto – Leia usa a Força para se salvar após a destruição de sua nave).
Pra você que quer saber mais sobre Carrie Fisher e os bastidores de Star Wars, eu recomendo o livro Memórias da Princesa – Os Diários de Carrie Fisher, escrito por ela própria (sim, ela também foi escritora e roteirista) e lançado aqui no Brasil pela editora BestSeller.

→ Imagens extraídas da internet.
A princesa Leia é uma personagem incrível, se tornando um ícone cinematográfico. Ótimo post!
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Concordo, Luigi! Valeu pelo comentário!
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Princesa Leia personificou o papel perfeito da mulher numa Guerra estrelar, ou Guerras nas estrelas!
Ótimo post.
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