Sabe aqueles livros que a gente começa a ler e não consegue largar? “Uma Família Quase Perfeita”, de M.T. Edvardsson, é um desses!
Nele somos apresentados a uma pequena família sueca, conhecida e respeitada por toda a comunidade onde vivem. Adam, o pastor da igreja local, é o pai; Ulrika, uma experiente advogada de defesa, é a mãe; Stella, uma jovem de 18 anos, é a filha. Ela está presa, acusada de assassinato.
A forma como o autor conduz a história é fascinante. Dividido em três partes, o livro trás os diferentes pontos de vista e memórias de cada membro da família.

Adam mescla lembranças variadas de sua vida (como sua relação familiar e com a comunidade) até seu desespero atual para provar a inocência de sua filha.
Stella, já presa, narra suas sensações e experiências na cadeia, e também suas relações com os pais, com Amina (sua melhor amiga) e seu tumultuado relacionamento com Chris (o homem assassinado).
Na terceira e última parte, através da narrativa de Ulrika, acompanhamos diretamente as tensões do julgamento de sua filha.
Ao longo da história me vi ansiosa por descobrir os segredos de todos os personagens e saber o que de fato tinha acontecido. Durante a leitura, me vi mudando diversas vezes de opinião, ora acreditando que de fato Stella é a culpada, ora achando que outros personagens eram os reais assassinos.
“Uma Família Quase Perfeita” é uma história cheia de suspense, reviravoltas e surpresas. O livro nos faz pensar que todos têm seus segredos e que ninguém conhece inteiramente o que se passa na vida dos outros. Mesmo que os outros sejam sua família ou seus amigos mais próximos.
→ Capa do post: foto de M. T. Edvardsson (Reprodução).
UMA FAMÍLIA QUASE PERFEITA
Autor: M.T. Edvardsson
Tradução: Natalie Gerhardt
Editora: Suma
Páginas: 376
Onde comprar: Amazon | Companhia das Letras
*Livro recebido através da parceria com a editora.

Carla Furlan é publicitária, atriz e bailarina. É fã de “O Senhor dos Anéis”, “Game of Thrones” e do diretor Quentin Tarantino. Na música, adora Nando Reis, Beatles, Elvis e até hoje ama os Backstreet Boys.