Quem me conhece bem sabe que faço parte do time dos que amam Paulo Coelho. Minha relação com as obras dele começou há muitos anos. Já tinha lido O alquimista, mas foi com a leitura de Brida que me tornei uma fã incondicional. Passei a frequentar a biblioteca municipal e ia pegando seus títulos de forma aleatória; assim, sentia que cada um deles surgia no momento exato em que eu precisava lê-los.

Um livro autobiográfico

Com o tempo, comecei a comprá-los e hoje tenho a coleção quase completa (falta só As Valkírias). Dessa forma, comprando os livros novos tão logo eram lançados, eu continuava me encantando com as histórias, mas não sentia mais que elas conversavam com o momento que eu viva.

Até que Hippie veio e me arrebatou novamente. Não o comprei de primeira, e talvez isso tenha feito a diferença. Ele foi lançado em abril de 2018, e eu só o adquiri em novembro do ano passado (Black Friday, amigos!).

Este é um dos livros mais autobiográficos do Paulo Coelho, embora seja escrito em terceira pessoa. Nas palavras do autor: “Isso permitiu dar aos personagens sua própria voz na descrição de suas vidas”.

Paulo é um jovem aspirante a escritor, traumatizado pela tortura sofrida durante a ditadura militar, que, em 1970, sai pelo mundo em busca de liberdade e autoconhecimento. Ao conhecer Karla, decide embarcar no Magic Bus numa viagem com destino ao Nepal, e nos apresenta as aventuras e angústias de seus colegas viajantes.

Hippie é um livro inspirador, que nos faz acreditar no amor e na amizade. Em, sonhos, buscas e encontros: com os outros e consigo mesmo.

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