Resenha | O assassinato de Roger Ackroyd, de Agatha Christie

O assassinato de Roger Ackroyd
Autora: Agatha Christie
Tradução: Renato Rezende
Editora: Globo Livros
Páginas: 296
Onde comprar: Amazon

O assassinato de Roger Ackroyd foi publicado em 1926 e se tornou o primeiro grande sucesso de Agatha Christie, sendo considerado até hoje um dos melhores livros da “Rainha do crime”. Essa resenha está livre de spoilers, mas eu posso dizer que o final do romance continua surpreendente  mesmo tantos anos depois.

A história se passa em King’s Abbott, uma pequena vila da Inglaterra onde todos se conhecem e se intrometem uns na vida dos outros. É lá que mora o rico industrial Roger Akroyd, que acaba sendo assassinado com uma punhalada nas costas após um jantar em sua mansão.

Qualquer um dos presentes no local – entre convidados e empregados – pode ter cometido o crime. As maiores suspeitas caem sobre o enteado de Ackroyd, Ralph Paton, que não se dava bem com a vítima e desaparece após o assassinato.

Mas a morte de Roger Ackroyd não foi a primeira a chocar King’s Abbott. Pouco tempo antes, Ashley Ferrars faleceu, possivelmente envenenado pela esposa, Dorothy. Depois, foi a vez dela, num provável suicídio. Dorothy era amante de Ackroyd e, por isso, suspeita-se que haja uma conexão entre as mortes.

Para a nossa sorte – e azar do criminoso – o genial detetive Hercule Poirot se muda para a vila, decidido a curtir a aposentadoria no anonimato e… cultivar abobrinhas. Mas, ao se deparar com um caso tão misterioso, Poirot deixa o descanso pra depois e começa a investigar o crime, auxiliado pelo médico James Sheppard (que também é o narrador do livro).

Agatha Christie (1890-1976). (Reprodução)

Confesso que demorei pra me empolgar com O assassinato de Roger Ackroyd… Os personagens do livro não são nada demais, com exceção de Caroline (a irmã do Dr. Sheppard, uma solteirona fofoqueira e com ótimos “palpites investigativos”) e, obviamente, Poirot.

É sempre muito divertido ver o detetive belga em ação, com seu comportamento egocêntrico e seus métodos brilhantes, mas parecia que a trama não apresentaria grandes novidades: após sua investigação, repleta de pistas falsas para enganar o leitor, ele descobriria o criminoso e pronto. Um whodunnit clássico.

Basicamente é isso que acontece, mas a forma como acontece é surpreendente! Talvez leitores mais sagazes do que eu descubram o assassino antes do final (assumo que eu nunca adivinho o culpado), mas a ousadia narrativa de Agatha Christie foi inovadora – ainda mais considerando que o livro é de 1926.

A leitura de O assassinato de Roger Ackroyd vai ficando cada vez melhor à medida que avança. O desfecho do livro apaga as impressões mornas do início e, a partir de determinado momento, você se vê obrigado a virar mais uma página, e depois outra e mais outra.

Recomendo muito o livro e deixo um conselho: se você começou a ler e parou (ou está lendo e está pensando em parar), dê uma chance a Roger Ackroyd e siga em frente. Garanto que surpresas não vão faltar.

AVALIAÇÃO

5-estrelas-2

 

Fotos: Lucas Furlan.

3 comentários em “Resenha | O assassinato de Roger Ackroyd, de Agatha Christie

  1. Boa tarde!!

    Gostaria de saber algumas partes que aconteceu no livro para responder algumas questões.
    Desde já agradeço quem puder me ajudar.

    Obrigada!!

    Curtir

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