Lista | 3 documentários musicais pra assistir hoje na Netflix

A Netflix tem documentários musicais para todos os gostos em seu catálogo. Desde os premiados Amy e What happened, Miss Simone?, passando por filmes sobre personagens mais obscuros, como Danny Says (sobre o empresário e jornalista Danny Fields, figura fundamental para o punk rock norte-americano), até produções sobre Frank Sinatra e Cauby Peixoto. Hoje eu vou escrever sobre três documentários que assisti recentemente na Netflix e recomendo muito.

1 – Big Star: Nothing can hurt me (Direção: Drew DeNicola e Olivia Mori)

Formada em Memphis em 1971, a banda Big Star era uma das grandes apostas para o rock dos anos 70. Ela era liderada por dois compositores talentosíssimos (Alex Chilton e Chris Bell), tinha um repertório formado por melodias cheias de energia e lindas baladas, era contratada da célebre gravadora Stax e ainda era adorada pelos críticos. Entretanto, a Big Star nunca conseguiu alcançar o grande público, embora tenha lançado três discos hoje cultuados (#1 Record, de 1972; Radio City, de 1974; e Third/Sister lovers, de 1978). Foi só entre os anos 80 e 90 que a banda passou por uma redescoberta, quando passou a ser citada como influência de grupos como R.E.M. e Teenage Fanclub. O documentário narra o que deu errado na história da Big Star e acompanha a trajetória errática de seus integrantes após o seu fim. Lembra de In the street, regravada pelo Cheap Trick para a abertura da série That 70’s show? É deles.

2 – Cobain: Montage of heck (Direção: Brett Morgan)

Como fã de Kurt Cobain, preciso falar que esse documentário é muito, mas muito doloroso. Não sei quais partes são mais difíceis de serem vistas: as filmagens de Kurt ainda criança (um garotinho loiro, feliz e sorridente) ou as imagens dos últimos meses de Cobain, muito magro, com feridas no rosto e no auge do seu vício em heroína. Produzido por Frances Bean Cobain, única filha de Kurt, o documentário apresenta fotos e gravações da intimidade do músico, além de trechos de seu diário, cenas em animação, e depoimentos de seus pais, da ex-namorada, de sua viúva, Courtney Love, e do baixista do Nirvana, Krist Novoselic (o baterista Dave Grohl aparece apenas em imagens de arquivo). Não achei Montage of heck sensacionalista e nem sentimental; pelo contrário, o filme é extremamente cru. E triste.

3 – Oasis: Supersonic (Direção: Mat Whitecross)

Pouco antes do suicídio de Kurt Cobain e do declínio do grunge, um novo movimento musical começava a agitar a Grã-Bretanha: o britpop. Várias bandas se tornaram populares, mas nenhuma foi maior do que o Oasis. O documentário narra desde a formação da banda até aquele que é considerado o seu auge: os dois shows em Knebworth, em 1996, que reuniram 125 mil fãs por noite. O filme não explora a decadência do grupo nos anos seguintes, mas narra com maestria a ascensão “supersônica” do quinteto de Manchester – de caras pobres do subúrbio, eles se tornaram a autointitulada “maior banda do mundo”. Como não poderia deixar de ser quando o assunto é Oasis, os temas polêmicos não ficam de fora do documentário: as brigas entre os irmãos Noel e Liam Gallagher, o abuso de drogas, as declarações arrogantes para a imprensa, e até a relação problemática de Noel e Liam com o pai. Supersonic tem muitas imagens de arquivo e é absolutamente incrível.

Bônus: na Netflix tem ainda o elogiado Joe Strummer – O futuro está para ser escrito. Se você, como eu, é fã do líder do The Clash e ainda não assistiu, é melhor correr: o documentário sai do catálogo no dia primeiro de maio!

Imagens extraídas da internet.

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