Eu tinha muita curiosidade de ouvir um audiolivro. Talvez por ter trabalhado em rádio e ser louco por música, sempre achei que esse formato seria mais uma ótima opção para conhecer grandes obras literárias. Até Stephen King já afirmou que gosta de ouvir narrações de livros enquanto dirige. Recentemente tive a oportunidade de escutar meu primeiro audiolivro, mas preciso admitir: eu não gostei nem um pouco da experiência.
E olha que não foi nem um romance, mas apenas um conto.
Talvez o problema esteja mais na comparação com o meu método habitual de leitura do que no audiolivro em si. Achei que o narrador corria muito – pelo menos, ele lia mais rápido do que eu costumo ler. De uns tempos pra cá, me acostumei com uma leitura mais lenta (e atenta), observando melhor o estilo do autor, a construção das frases e a escolha das palavras.
Além disso, tratava-se de um conto de fantasia histórica e os nomes de alguns personagens demoraram a ficar claros para mim.
Pode me chamar de brega, mas eu também imaginava que o audiolivro era uma espécie de radionovela, com trilha sonora, efeitos de sonoplastia, etc. Mas, exceto por uma vinheta musical de abertura, a gravação trazia apenas a voz do narrador. E falando nisso, achei que ele variou pouco a entonação da voz, o que é um pecado para todo contador de histórias que se preze. E não dá para desconsiderar o fato de que cada personagem tem uma voz diferente na cabeça do leitor.
Por fim, o audiolivro não conseguiu prender a minha atenção, e olha que ele tinha apenas 30 minutos. Em vários momentos, tive que voltar a gravação para ouvir novamente um trecho do qual tinha me dispersado.
Resumindo: foi bem decepcionante. Talvez seja um caso isolado e o meu problema tenha sido especificamente a construção sonora daquele audiolivro. Posso até tentar com um livro diferente, mas não tenho pressa para repetir a experiência.
Mas e você? Já ouviu audiolivros? Gostou? Tem curiosidade? Deixe seu recado nos comentários!
→ Imagens extraídas da internet.