Diários #24: Como um livro sobre limpeza me fez voltar a ler

Muitas pessoas já relataram, nesses dias de isolamento, que estão com dificuldade de fazer coisas que consideram prazerosas. Na semana passada foi a minha vez: perdi totalmente a capacidade de me concentrar na leitura. Devo ter tentado uns quatro ou cinco livros de ficção: romances, contos, livros físicos e digitais. Até que, navegando sem muita pretensão pelo catálogo do Kindle Unlimited, me deparei com o Manual de limpeza de um monge budista. Ele veio em ótima hora.

A limpeza do ambiente reflete nosso estado de espírito

O livro saiu pela Planeta e seu título é autoexplicativo. Nele, o monge Keisuke Matsumoto explica como é feita a faxina num templo budista. Pode parecer inusitado, mas gostei bastante do livrinho — que, só descobri depois, foi best-seller em diversos países.

Matsumoto conta como é feita a limpeza de todos os espaços do templo, descreve as melhores maneiras de usar e preservar seus utensílios, e explica sobre os rituais de higiene pessoal dos monges.

O livro também é muito interessante por apresentar costumes tão distantes dos nossos e por mostrar a visão que os monges têm das tarefas domésticas. Segundo eles, a limpeza e a organização dos ambientes (ou a falta delas) é um reflexo do nosso estado de espírito.

Capa de Manual de limpeza de um monge budista e seu autor, Keisuke Matsumoto.
Capa de “Manual de limpeza de um monge budista”, e seu autor, Keisuke Matsumoto.

Tente coisas novas

Quis falar sobre essa leitura pois foi graças a ela que saí dessa espécie de ressaca. Manual de limpeza de um monge budista é rápido e pode ser lido em um dia, mas acredito que a leitura fluiu tão bem por ser uma obra completamente diferente do que eu costumo ler (eu me interesso por filosofias orientais e até voltei a meditar, mas isso é assunto pra outro dia).

A dica que eu deixo é: se você está tendo dificuldade para ler (ou desenhar, fotografar ou fazer qualquer outra atividade que goste), tente coisas novas e abordagens diferentes. Os dias que vivemos são propícios ao tédio e ao desânimo, e cabe a nós sacudir as coisas um pouco.

Fiquem bem e, se puderem, #FiquemEmCasa.


Postado por Lucas Furlan

É formado em Comunicação Social e trabalha com criação de conteúdo para a internet. Toca guitarra e adora música e cinema, mas, antes de tudo, é um leitor apaixonado por livros.

2 comentários em “Diários #24: Como um livro sobre limpeza me fez voltar a ler

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