Esta semana começou com um baque e tanto para os fãs de música: na segunda-feira, o cantor e compositor Tom Petty morreu aos 66 anos, depois de sofrer um ataque cardíaco no domingo. Ele nunca se tornou muito popular no Brasil (e nunca fez shows por aqui), mas foi uma figura importantíssima para o rock norte-americano. Por isso, no texto de hoje, eu vou falar um pouco dele pra você.
Quem foi ele
Tom Petty nasceu em 1950 em Gainesville, na Flórida. Ainda criança, ele conseguiu a proeza de conhecer Elvis Presley, mas foi em 1964, quando assistiu a histórica apresentação dos Beatles no programa de Ed Sullivan, que Petty decidiu que queria ser músico.
Ao lado do guitarrista Mike Campbell e do tecladista Benmont Tench (que já tinham tocado com ele no grupo Mudcrutch), o cantor formou a banda Tom Petty and The Heartbreakers em 1976.
Eles lançaram dois bons discos (Tom Petty and The Heartbreakers, de 1976, e You’re gonna get it, de 1978), mas só estouraram pra valer com o terceiro álbum, Damn the torpedoes, de 1979. O disco tem clássicos como Refugee, Here comes my girl, Even the losers e Don’t do me like that.
Com os Heartbreakers, Petty lançou 13 discos no total. Além disso, ele gravou outros três que levavam apenas seu nome. Curiosamente, seu último álbum, Hypnotic eye (de 2014), foi o único a alcançar o topo das paradas.
A banda Tom Petty and The Heartbreakers ganhou uma estrela na “Calçada da fama” de Hollywood em 1999 e, dois anos depois, entrou para o “Hall da Fama do Rock and Roll”. Ao longo da carreira, Tom Petty vendeu mais de 80 milhões de discos.
Rock movido à paixão
Mesmo com todo esse sucesso, Petty nunca se tornou tão popular mundialmente quanto, por exemplo, Bruce Springsteen (apesar da semelhança temática e estilística entre eles). Acho até que o som dos Heartbreakers é mais pop do que o do “Boss”.
Ainda assim, é admirável a forma como Tom Petty manteve sua carreira estável por 40 anos, lançando bons discos e lotando shows por todo esse tempo.
O músico manteve-se fiel ao seu estilo, um rock enérgico influenciado por artistas como Beatles, Byrds e Bob Dylan, com lindas melodias e letras sobre os anseios, sonhos e frustrações de pessoas comuns. Um jornalista da extinta Revista Bizz uma vez referiu-se à sonoridade de Tom Petty como “rock movido à paixão”.
Pra entender melhor do que estou falando, confira o vídeo da apresentação de Tom Petty and the Heartbreakers no intervalo do Super Bowl de 2008. Eles tocaram American Girl, I won’t back down, Free fallin’ e Runnin’ down a dream. Se achar o video muito longo, assista pelo menos Free fallin’ (começa por volta de 5:53).
Veja também o clipe de Into the great wide open, que é estrelado por Johnny Depp, Faye Dunaway e Gabrielle Anwar – e ainda tem uma aparição relâmpago de Matt LeBlanc (o eterno Joey, de Friends) no final.
Influência e plágios
Tom Petty também influenciou muitos outros artistas. Escute a introdução de Last nite, do The Strokes, e diga se não é muito parecida com a de American girl.
Há quem veja semelhança também entre Stay with me, do inglês Sam Smith, e I won’t back down.
Pode ser que exista quem discorde dos exemplos anteriores… Mas não dá pra negar que Dani California, do Red Hot Chili Peppers, é idêntica a Mary Jane’s last dance (mas só essa tem Kim Basinger no clipe).
Pra encerrar, não dá pra deixar de falar da super banda The Travelling Wilburys, que Tom Petty formou em 1988. Seus companheiros eram ninguém menos que Jeff Lynne (da Electric Light Orchestra), George Harrison, Roy Orbison e Bob Dylan.
Tom Petty já está fazendo falta.
Excelente post! No vídeo “Into the great wide open” também aparece a Faye Dunaway.
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Obrigado, Paula!
Sim, realmente! Além do Depp e da Faye, tem a atriz Gabrielle Anwar, que interpreta a namorada dele. Ela fez algum sucesso nos anos 90.
Tem até o Joey (de “Friends”). Ele é o cara sendo tatuado no final. Mas não pisque, senão você perde kkk
Um abraço!
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