The spoils of war, o quarto e (até agora) melhor episódio da sétima temporada de Game of thrones, bagunçou as emoções dos espectadores. A batalha final fez com que a gente torcesse pra que nenhum dos personagens mais importantes morresse, nem mesmo aqueles que foram odiados por muito tempo. Também deu pra ver o tamanho do estrago que um único dragão é capaz de fazer contra simples soldados – e imagine o que fariam três dragões! Foi de tirar o fôlego. Se você ainda não assistiu, é melhor parar por aqui: o texto a seguir tem muitos spoilers.
Em Winterfell
Sem dúvida, o ponto alto no Norte foi o aguardado retorno de Arya em Winterfell. Além do reencontro com os irmãos Sansa e Bran, ela ainda teve tempo de mostrar suas habilidades ao derrotar Brienne de Tarth num exercício de combate. Arya também aumentou seu arsenal, ao receber de Bran a famigerada adaga do Mindinho, que tinha sido ofertada a ele pelo antigo dono.
Ao receber a arma, Bran deixou claro que está de olho nos atos de Mindinho – tanto os que ele irá fazer, como os que ele já fez. Resta saber se as armações do Senhor Protetor do Vale ainda são do interesse do garoto, já que agora ele assumiu a identidade do Corvo de Três Olhos, deixando de se identificar como Bran Stark e passando a se preocupar com questões mais amplas e menos pessoais. Isso ficou óbvio na fria despedida entre ele e a incansável e leal Meera Reed, que decidiu lutar contra os White Walkers ao lado de sua família.
Sansa parece estar assustada com as mudanças pelas quais Arya e Bran passaram, e Mindinho percebeu esse medo na nova Lady Stark. Com certeza, no momento certo, ele saberá se utilizar disso para tentar conseguir algum benefício.

Em Porto Real
Na capital de Westeros, a rainha Cersei continua recebendo a visita de Tycho Nestoris. O banqueiro de Bravos se surpreendeu com o ataque Lannister contra Jardim de Cima, e aguarda ansioso a chegada do ouro que pertencia à família Tyrell. Ele está propenso a apoiar Cersei na guerra e até sugeriu a contratação dos mercenários da Companhia Dourada.

Em Pedra do Dragão
No castelo de Daenerys, Jon começa as escavações em busca de vidro de dragão e encontra numa caverna pinturas rupestres que demonstram a união entre os Filhos da Floresta e os Primeiros Homens, inimigos históricos, para combater os White Walkers. O Rei do Norte mostra as imagens para Daenerys e, mais uma vez, explica que eles também precisam unir forças se quiserem derrotar a ameaça que vem de além da Muralha. Mas ela segue exigindo que ele jure fidelidade à sua causa.
Já dá pra perceber, ainda que de forma pouco explícita, o início de uma atração entre Jon e Dany – e Sor Davos também notou. Falando nele, o “cavaleiro das cebolas” tem mais uma conversa ambígua com Missandei, que pode perfeitamente ser apenas flerte, mas que vai continuar alimentando uma teoria que surgiu na internet (tem certeza que quer saber? Então leia aqui).
Jon reencontra Theon Greyjoy, que volta para Pedra do Dragão com o único navio que restara após o ataque de Euron no segundo episódio. Jon demonstra seu desprezo por ele, mas reconhece que se não fosse por Theon talvez Sansa já estivesse morta. Será interessante se Theon seguir com Jon quando ele retornar para Winterfell, castelo onde ele também cresceu. Como Theon reagirá ao voltar “pra casa” e como será recebido, especialmente por Bran e Arya?

Dracarys! Dracarys! Dracarys!
Após sair da caverna com Jon, Daenerys é informada que a bem-sucedida invasão a Rochedo Casterly se mostrou inútil. Indignada com mais uma ação fracassada, e contrariando os conselhos de Tyrion e Jon, ela decide liderar um novo ataque contra o exército Lannister utilizando a força de seus dragões.
O clímax de The spoils of war (“os espólios da guerra”, em português) foi tão tenso e grandioso que eu não vou nem reclamar da rapidez com que Daenerys e seu exército dothraki chegaram à Campina, para pegar de surpresa as tropas lideradas por Jaime Lannister. Também não vou questionar a lentidão com que eles retornavam com alimentos para Porto Real, sendo que o ouro de Jardim de Cima já tinha sido despachado antes. Os roteiristas de Game of thrones nunca levaram a relação espaço/tempo muito à risca, e não o fariam agora que a série tem poucos episódios até o seu final. Depois de assistir a batalha que encerrou o episódio, ficou claro por que foi preciso economizar na invasão de Jardim de Cima, que (não) foi mostrada em The queen’s justice.
O exército Lannister não estava preparado para o ataque de milhares de cavaleiros dothraki em seus cavalos, liderados por Daenerys sobrevoando tudo com Drogon. As imagens do voo do dragão foram sensacionais, superando todas as mostradas até agora na série. Aliás, foi a primeira vez que vimos um dragão (sim, lembrando: Daenerys atacou com apenas um dragão) numa batalha.
De certa forma, o ataque desse animal é como uma bomba atômica. A força dos dragões é descomunal. Foram chocantes as cenas dos soldados queimando, correndo para pular na água ou, simplesmente, transformados em cinzas. E não foi “só” isso: a batalha foi caótica, com cavalos em chamas correndo desorientados e muitos homens com medo, como, por exemplo, Dickon Tarly. O jovem irmão de Sam lutou apenas sua segunda batalha.
Isso nos lembra que, além de Daenerys, outros personagens importantes estavam ali. E, como mencionado no começo do texto, fez com que nossas emoções ficassem confusas.
Comecemos por Bronn, o mercenário com as melhores falas de toda a série. A cena em que ele precisa escapar do ataque de um dothraki, e que foi mostrada como um plano-sequência, foi de tirar o fôlego. Quando ele sobrevive, você suspira aliviado, mas só até se lembrar que ele está prestes a usar a arma desenvolvida por Qyburn para matar os dragões. É isso aí: você não quer que o Bronn morra, mas também não quer que ele mate o dragão.
Bronn consegue escapar de um novo ataque de Drogon (ufa, ele não vai morrer), mas atinge o Dragão com a imensa flecha de aço. O animal começa a despencar no ar com Daenerys em seu dorso.
Tyrion Lannister também está ali, embora observe tudo à distância. Ele viu o exército de sua família, que era liderado por seu irmão, ser dizimado, e agora vê sua rainha em queda livre. Mas antes de atingir o chão, Drogon consegue se estabilizar e aterrissar em segurança.
É então que Daenerys toma uma atitude impensada: ela desce do dragão e tenta retirar a flecha do “seu filho”. Jaime Lannister percebe a cena, vê uma grande oportunidade e também toma uma atitude impensada: ele se arma com uma lança e cavalga decidido a matar a herdeira Targaryen.
Enquanto Jaime segue à toda velocidade em direção a Daenerys, não é difícil imaginar que ele pensa que aquela é a sua chance de vingar seus homens mortos, de recuperar seu orgulho como guerreiro e de não desapontar a sua amada irmã. Mas todo mundo sabe (talvez até ele próprio) que é suicídio.
Tyrion vê o ataque de seu irmão e, angustiado, torce pra que ele desista e fuja. Sem perceber, muitos espectadores fizeram o mesmo, esquecendo-se de que Jaime Lannister é o mesmo canalha que deixou Bran aleijado, que atacou covardemente Ned Stark, que matou um primo com uma pedra, que estuprou a irmã durante o velório do próprio filho e por aí vai… Mas, se ele não morrer, provavelmente vai conseguir matar Daenerys…
Drogon percebe a aproximação de Jaime e cospe fogo nele. Mas antes de ser atingido, Jaime é salvo por Bronn, que o empurra e o derruba no lago.
O episódio termina com Jaime afundando na água, mas vivo. Assim como Daenerys. E Drogon. E, talvez, Bronn. Ufa.
Acredito que Jaime vai sobreviver, mas talvez ele precise se livrar de sua pesada mão de ouro para voltar à superfície da água. Poderia ser um gesto simbólico para os seus próximos passos daqui por diante na série. Talvez o Jaime que saia do lago não seja mais o mesmo que caiu ali.

→ Imagens extraídas da internet.
Esse episodio sem duvida foi o melhor e mais aguardado até agora rs,só eu assistir 4 vezes kkk
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Kkk… Eu só vi uma vez, mas tô criando coragem pra ver de novo kkk
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