A Knight of the Seven Kingdoms, segundo episódio da última temporada de Game of Thrones, teve um clima de bota-fora. Os personagens conversaram, confraternizaram, resolveram antigas pendências e deram risada, mesmo sabendo que vários deles estão de partida. Centrado totalmente em Winterfell, foi um dos capítulos mais emotivos da série e começou a preparar nossos corações para a batalha contra os White Walkers do próximo domingo. Aviso: esse texto contém spoilers.

Dois personagens ganharam destaque durante todo o episódio: Jaime Lannister e Brienne de Tarth. Ela advogou em defesa do Regicida durante o julgamento frente à Daenerys, Sansa e Jon, e conseguiu que ele fosse aceito em Winterfell; mais tarde, Jaime retribuiu, dizendo que seria uma honra lutar sob o comando de Brienne.

Mas o melhor ainda estava por vir: numa cena emocionante, Jaime sagrou Brienne como “Cavaleiro”, uma honraria que ela buscara durante toda a vida, mas que sempre lhe fora negada por ela ser mulher.

Um clima de cumplicidade e gratidão permeou todo o episódio. Desde Tyrion enchendo a taça de vinho de Podrick até transbordar, até Gilly e Davos conversando com as corajosas crianças de Winterfell, passando ainda pelo retorno de Theon Greyjoy e o abraço afetuoso que ele recebeu de Sansa.

A Knight of the Seven Kingdons também teve momentos de nostalgia. Tyrion repetiu sua famosa frase sobre como gostaria de morrer, e Sam homenageou Jeor Mormont, seu antigo comandante na Patrulha da Noite, ao presentear seu filho, Jorah, com a espada da família Tarly. Depois, Sam, Jon Snow e Edd ainda lembraram de Grenn e Pyp, amigos patrulheiros que morreram na Batalha de Castelo Negro, na quarta temporada.

(Nessa cena o lobo Fantasma estava presente. Ele apareceu por um minuto, ficou no cantinho, mas reapareceu. Espero sinceramente que ele não tenha voltado apenas para morrer…)

Ainda houve tempo para Verme Cinzento e Missandei fazerem planos sobre o futuro (o que pode ser um forte indício que pelo menos um deles não sobreviverá à batalha), e para Arya perder a virgindade com Gendry — numa cena que deu muito o que falar na internet.

Quem ficou mais desconfortável durante todo o episódio foi Daenerys. A khaleesi se desentendeu com Tyrion (e só não escolheu outra Mão por interferência de Jorah), tentou sem sucesso se acertar com Sansa (que deseja que o Norte seja independente mesmo depois que ela for coroada) e ainda ficou sabendo que Jon é o herdeiro legítimo do Trono de Ferro.

Como a situação sempre pode piorar, o exército dos mortos chegou a Winterfell no momento em que ela recebia essa notícia. Obviamente, o episódio acabou ali.

No vislumbre que tivemos dos White Walkers, o Rei da Noite e seu dragão não foram vistos. Será que eles já estão ali? Vão chegar mais tarde? Ou foram direto para Porto Real? Acredito que eles devam estar na batalha de Winterfell, já que foi revelado que Bran, o Corvo de Três Olhos, é o principal alvo do Rei da Noite.

Outras dúvidas: será que Melisandre retorna a tempo de participar da batalha? Onde estaria a Mulher-Vermelha?

Por fim, não dá pra não falar da belíssima canção Jenny of Oldstones, gravada por Florence Welch (do Florence + the Machine) para a trilha sonora da série. É a mesma música que Podrick canta em frente à lareira e foi baseada numa canção que existe em As crônicas de gelo e fogo. Jenny de Pedravelhas foi uma figura importante na definição da linha sucessória recente da Dinastia Targaryen — saiba mais sobre ela aqui.

Agora só nos resta esperar pelo próximo episódio. Tudo indica que ele será épico, grandioso e emocionante. Mas também será triste, doloroso e cheio de despedidas.

E que você achou deste segundo episódio? Está ansioso pelo próximo? Conte pra mim nos comentários!