Na postagem de hoje, minha irmã e colaboradora Carla Furlan escreve sobre o aniversário da primeira edição de Harry Potter e a pedra filosofal. Ela também conta como foi  a experiência de ler a saga com quase 30 anos de idade.

Há exatos 20 anos, no dia 26 de junho de 1997, J. K. Rowling lançou Harry Potter e a pedra filosofal. Após ser rejeitada por 10 (!) editoras, a primeira aventura do bruxinho com a cicatriz na testa chegou às livrarias com uma tiragem inicial de apenas mil exemplares. Começava ali uma história que, nos anos seguintes, conquistaria milhões de fãs e renderia para Rowling uma fortuna equivalente a mais de 2,7 bilhões de reais! Aposto que as editoras que disseram “não” para aquela escritora iniciante se martirizam até hoje…

Confesso que demorei (e muito) pra me render a essa saga. Dei início à leitura de A pedra filosofal no dia 10 de setembro de 2014 e, quase dois anos depois, em 1º de setembro de 2016, finalizei Harry Potter e as relíquias da morte.

Foi uma época difícil. Quando eu estava em algum lugar e meus amigos tocavam no assunto Harry Potter eu tinha poucas opções: sair de perto, me concentrar em outras conversas para não ouvir o que estavam dizendo, ou, em casos mais extremos, suplicar para que não comentassem nada decisivo sobre o final da história (odeio spoilers!). Mas consegui! Cheguei ao final da leitura sem saber de antemão o que aconteceria aos personagens.

Sobre a saga… Ah, é incrível! Aquela leitura gostosa que prende a atenção e te leva para o mundo da magia, te conduzindo pelos corredores de Hogwarts, pelas ruas de Hogsmeade…

Me encantei com a forma como a história se desenrola e como os personagens vão crescendo, amadurecendo e se tornando mais complexos, não só na questão da idade, mas também no que diz respeito a caráter, personalidade e relacionamentos.

Pra mim, os pontos fortes da saga Harry Potter são dois: a constante luta entre o bem e o mal (com conflitos internos e externos que me deixaram eufórica), e os laços de amizade que se desenvolvem entre os personagens (estes realmente me emocionaram e muitas vezes me levaram, literalmente, às lágrimas).

A pedra filosofal nos apresenta a vários personagens que nos acompanham ao longo da trama. O trio principal, Harry, Rony e Hermione, cativa logo de cara. Apesar de tantas diferenças de personalidade, já se percebe que o trio se completa e que, juntos, ele se tornam fortes (o que seria de Harry sem os dois amigos?). Somos apresentados também à Neville, Malfoy, Dumbledore, McGonagall, Hagrid, Voldemort, Snape, entre tantos outros personagens inesquecíveis.

Harry Potter se tornou tão popular e foi tão importante na vida de tantas pessoas que é difícil imaginar o mundo sem ele. É como se o bruxo sempre tivesse existido.

A saga, e principalmente o primeiro livro, tinha o público infantil como alvo, mas ela é capaz de encantar pessoas de todas as idades. Eu, por exemplo, li A pedra filosofal aos 29 anos! E quem conheceu Hogwarts quando era criança, continua amando o universo de J.K. Rowling mesmo depois de ter se tornado adulto. Assim como tantos clássicos da literatura infantil, Harry Potter ultrapassou os limites do tempo e da idade. É uma obra para todos. É uma obra eterna.

→ Fotos: Lucas Furlan, exceto imagem J. K. Rowling (extraída da internet).